Há
6 meses, mais precisamente quando meu marido voltou de um “mochilão” de
30 dias por 7 países sozinho, resolvi após muito ele me encorajar, encarar
também uma aventura, que a principio seria sozinha também. Uma busca rápida e
já sabia para onde iria, Ilha de Páscoa, o lugar tão tão distante ( o pedaço de
terra mais isolado do mundo) que muitos
sonham conhecer. Assim que comuniquei o destino aos meus amigos já encontrei
uma companhia para viagem, meu melhor amigo de infância/ padrinho de
casamento/irmão.
Passagens compradas aí vamos nós....
Os meses que antecederam a
viagem se arrastaram a passar, não
cansava de buscar cada vez mais informações sobre essa ilha tão misteriosa e
intrigante. Falando sobre os
preparativos para viagem, a hospedagem já sabia que seria em um Hostel, afinal,
por lá estadia assim como alimentação tem preço de ouro. Na busca sobre
informações da ilha, encontramos mais uma companheira para nossa Trip, uma
grande aventureira do sul do Brasil,que veio a se tornar uma grande companheira
e amiga.
Como
já sabíamos que para chegar na ilha teríamos que ir até Santiago ( vôos para
ilha de páscoa saem apenas de Santiago e Lima) resolvemos prolongar nossa
estadia em mais 2 dias para aproveitar o inverno Chileno, e conhecer Valle
Nevado e Farellones. Chegou o tão sonhado dia, partimos apenas com uma mochila ( gigante por
sinal) nas costas, carregando a coragem e rezando para tudo dar certo rs.
Chegamos em Santiago em um frio violento de 5°e lá ficamos por um dia, tratamos
de ir ao supermercado abastecer as mochilas com muitaaa comida ( na ilha como
já disse os alimentos são caríssimos, assim como a água) lá compramos sucos,
leite, achocolatados, biscoitos, muitooo chocolate, macarrão instantâneo e
muitas outras coisas. No dia seguinte partimos para Ilha de páscoa em um vôo maravilhoso
de 5 horas, que até eu que tenho pavor de voar amei, claro... tirando o pouso
que foi adrenalina pura, avistar a ilha depois de horas vendo apenas água água
água é maravilhoso, mas ver o avião sobrevoar superrr baixo sobre imensas
pedras, não foi legal.
Descendo
do avião já sentimos aquele calor maravilhoso característico das ilhas da
polinésia, já fomos recepcionados pelo pessoal do hostel com colares de flores
e uma alegria contagiante.
Chegamos por volta das 13hs da tarde , foi o tempo de
jogar as malas no quarto, alugar uma bike e percorrer ao menos 20km pedalando
pela ilha, em estado de êxtase com tanta beleza natural.Depois de tanto pedalar
e conhecer alguns moais , sempre acompanhados por muitos cães por todo o
trajeto de pedalada ( sim os cães, são ótimos guias rsrs) , sentamos em frente
ao mar, com sorvetes na mão vimos o primeiro por do sol, foi emocionante!
No
dia seguinte já alugamos um carro, a ilha apesar de pequena alguns pontos são de difícil acesso e com sol
na cabeça, não dá, já encontramos com
nossa querida-nova-amiga- aventureira, traçamos no mapa o que faríamos em cada
dia e já começamos a percorrer a ilha. De cara queríamos conhecer a tão falada praia
Anakena, e lá fomos nós atravessando a ilha de ponta a ponta com nosso jipinho pelas
estradas, no radio tocava a trilha sonora da nossa viagem Duran Duran ( hoje é impossível
ouvir Ordinary World e não lembrar desse
dia) , a praia é realmente magnífica.
Os
dias seguintes percorremos toda a ilha, as vezes de carro, e as áreas
inacessíveis que o carro não conseguia chegar percorremos a pé (longas
caminhadas), ficamos presos por vacas em uma pequena estrada, muitas vacas
travaram o caminho e claro, gigantes como eram, não ousamos passar entre elas
rs, o jeito foi passar por baixo de cercas e cortar caminho.
As
cavernas são um assunto a parte, quanta emoção. Eu que sou medrosa e odeio
ambientes fechados e escuros, era uma boa hora para enfrentar esse medo, vimos
uma plaquinha pela estrada ( que já percorríamos a boas horas a pé, sob um sol
escaldante), uma placa que mal dava para ler de tão danificada pelo tempo, mas
conseguimos ler “Ana Kakengaa” a famosa cueva dos ventanas,
os pulos de alegria foram imediatos, já sabíamos que
aquela era a famosa caverna.....era apenas um buraco no chão alí pelo meio do
caminho, sem lanternas, sem nada, entramos com a cara e coragem em um dia que
aquele local estava bastante tranqüilo para um ponto turístico, depois de
palavras de estimulo do tipo :BRUNA ENTRA JÁ nessa caverna, o difícil acesso (
a entrada é realmente um buraco no chão que mal passa uma pessoa), alguns
minutos caminhando em um breu total e depois de uma pequena crise de pânico
total lá dentro, a caverna foi iluminada pela bela janela que dava para o mar,
com aquele sol entrando e sentindo o chão estremecer com as ondas do mar quebrando
na parede da caverna. Realmente valeu a pena enfrentar o medo!
Os
dias seguintes foram de grande aventura por trilhas tomadas de lama como foi
uma pequena trilha que dava acesso ao vulcão Rano Raraku que fica atrás da
fabrica de moais (muitoooo barro, que garantiu muitos tombos, muito barro na roupa
e sapatos destruídos).
vivenciamos também grandes aventuras por estradas tomada
de lama correndo o risco do carro atolar e apenas duas mulheres ( que não sabem
dirigir) para empurrar ,e um único homem (que era o motorista).Visitamos o vulcão Rano
Kau, e que espetáculo, aquele imenso buraco imponente com um lago no fundo. Os
moais são um espetáculo a parte, aquelas grandes esculturas tão misteriosas,
distribuídas a cada cantinho da ilha, emocionante.
Por lá fizemos grandes amigos que nos ajudaram a conhecer a
ilha, dois deles brasileiros que foram morar na ilha em busca de uma vida
melhor, rolou até um churrasquinho rapanui para entrar no clima Brasileiro de
ser.
Chegou a hora de dizer tchau a “grande”
ilha, com a certeza que voltaremos em breve. Partimos
para Santiago onde curtimos mais dois dias por lá, subindo a cordilheira e
enfrentando a neve ( e quanta neve) para visitar visitar o Valle Nevado e Farellones,
mas isso é assunto para o próximo post! Rs
que fotos lindaaaaaaaas!!! que visual!!!!!!! gente!!!!!!
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